Nos últimos anos, temos visto um crescimento significativo nas ferramentas low code e no code. Essas tecnologias são projetadas para permitir que pessoas sem experiência em programação criem aplicativos e sites de forma rápida e fácil.
De acordo com o Gartner, até o fim de 2023, mais de 50% de todas as médias e grandes empresas utilizaram pelo menos uma plataforma de desenvolvimento low code em uma estimativa de 500 milhões de aplicações desenvolvidas com essa tecnologia.
Além disso, até 2024, essas plataformas serão responsáveis por mais de 60% das aplicações. E há estudos de empresas que reduziram em até 30% o tempo de desenvolvimento e time-to-market ao utilizar plataformas de desenvolvimento “no code”e “low code”.
Neste artigo, vamos explorar o que são as ferramentas low code e no code e porque elas estão se tornando cada vez mais populares.
O que são ferramentas low code e no code?
Ferramentas low code e no code são soluções que permitem que pessoas sem habilidades de programação criem aplicativos e sites.
A principal diferença entre elas é que as ferramentas low code permitem que os usuários personalizem alguns comportamentos da aplicação utilizando de códigos de programação, enquanto as ferramentas no code não exigem que o usuário escreva código.
As ferramentas low code geralmente envolvem a criação de aplicativos com uma interface gráfica do usuário. Essas interfaces permitem que o usuário arraste e solte componentes pré-fabricados, como botões e campos de entrada, para criar o layout do aplicativo.
Alguns exemplos de ferramentas low code são:
- PowerApps: Solução da Microsoft para o desenvolvimento de aplicações low code
- Outsystems: Plataforma enterprise para o desenvolvimento low code.
- FlutterFlow: Ferramenta para construção de aplicações móveis utilizando low code.As ferramentas no code são ainda mais fáceis de usar, pois permitem que o usuário crie aplicativos e sites usando modelos e opções pré-configuradas. Alguns exemplos populares são:
- Airtable: uma ferramenta no code para criação de bancos de dados e gerenciamento de projetos
- Bubble: plataforma para desenvolvimento de aplicações web
- Zapier: uma ferramenta no code para integração de aplicativos
- Figma: Ferramenta de design adquirida pela Adobe para o desenvolvimento de protótipos navegáveis
Origem das plataformas
As primeiras plataformas low code surgiram na década de 1980, com o objetivo de popularizar a criação de softwares. Em 2014, a consultoria Forrester Research usou esse termo pela primeira vez para se referir a plataformas de desenvolvimento que possuíam uma interface mais amigável para a programação.
A partir desse momento, mais plataformas surgiram e o low code se torna cada vez mais popular, tanto entre pessoas menos experientes quanto entre aqueles que já têm mais conhecimento técnico.
O Microsoft Excel, lançado em 1985, é considerado uma das primeiras plataformas low code a se popularizar e é utilizado até os dias de hoje para pequenas aplicações.
Por que as ferramentas low code e no code são importantes?
As ferramentas low code e no code são importantes por várias razões.
Em primeiro lugar, elas permitem que empresas e indivíduos criem aplicativos e sites rapidamente e com menos recursos. Isso significa que empresas podem reduzir os custos e o tempo de desenvolvimento, permitindo que elas respondam mais rapidamente às necessidades do mercado.
Em segundo lugar, as ferramentas low code e no code são importantes porque permitem que pessoas sem habilidades de programação criem aplicativos e sites.
Dessa forma, há uma democratização do desenvolvimento de software, permitindo que mais pessoas participem da criação de soluções digitais. Isso também pode ajudar a reduzir a lacuna de habilidades em tecnologia, que é uma preocupação crescente para muitas empresas.
Por fim, as ferramentas low code e no code são importantes porque podem ajudar a promover a inovação e a criatividade. Como as pessoas não precisam se preocupar com a codificação, elas podem se concentrar na criação de ideias e soluções inovadoras. Tudo isso contribui para impulsionar a inovação em empresas de diferentes setores.
Desvantagens do uso de plataformas low code
Embora a adoção de plataformas low code e no code traga muitas vantagens, é necessário avaliar se elas são a solução ideal para o seu projeto.
Algumas das desvantagens dessa ferramentas são:
- Aplicação e dados ficam atrelados à plataforma, ocasionando grande lock-in.
- Modelos podem não ser vantajosos quando a aplicação ganha escala, devido a preços muito elevados pela alta capacidade de armazenamento e performance exigida.
- Menor capacidade de personalização. Muitas ferramentas ainda possuem uma quantidade de componentes de interface limitada e que não permite muitas alterações em seu comportamento padrão.
Conclusão
As ferramentas low code e no code estão se tornando cada vez mais populares por uma série de razões, incluindo a redução de custos e tempo de desenvolvimento, a democratização do desenvolvimento de software e a promoção da inovação e criatividade.
Com o aumento da demanda por soluções digitais, essas ferramentas têm o potencial de se popularizarem ainda mais no mercado do desenvolvimento de software.
Vemos um grande potencial para o uso dessas ferramentas, especialmente em fases de prova de conceito e protótipo no desenvolvimento de um produto.
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