Nos eventos da área de saúde, um assunto que tem ganhado muito espaço é o da inovação. Principalmente nesta época de pandemia, este tema foi amplamente discutido.
Neste contexto, tivemos que aprender a trabalhar de casa, as empresas precisaram se adequar a este novo cenário e, especialmente o setor da saúde, teve que se adequar a esta nova situação. Para isso, profissionais do setor fizeram uso de novos conceitos e tecnologias, que, em um contexto normal, ainda estariam sendo avaliadas – como, por exemplo, a expansão do teleatendimento.
Muitas vezes, é devido a essas situações extremas que a inovação entra em campo. Ela é uma das ferramentas que auxilia a evolução de produtos e a melhora de processos. E um grande aliado da inovação, não só no setor da saúde, é o Design Thinking.
Neste artigo, vamos entender o que é e como funciona o Design Thinking e aplicações dessa metodologia na saúde.
O que é, de fato, inovar?
Antigamente, muitas pessoas acreditavam que inovar era incluir tecnologia dentro de um produto ou processo. Porém, ao longo dos anos, verificamos que, enquanto a tecnologia é uma das ferramentas que podem auxiliar na inovação, ela, por si só, não tem todo o louro de ser a inovação.
Considere um computador adicionado a um ambiente totalmente manual. A simples presença do computador em um espaço não inova as formas de trabalho — para tanto, ele deve ser incorporado a novas práticas, que exploram o que é possível fazer com um computador, mas não manualmente.
Assim, inovar é poder fazer algo de forma diferente, que facilite o dia a dia das pessoas, dos processos ou dos produtos.
Nesse cenário, o Design Thinking ganhou espaço na inovação, pois é uma metodologia que nos auxilia a encontrar soluções inovadoras para os nossos problemas, utilizando o pensamento abdutivo e as ferramentas de cada uma das suas fases, centrando a solução no ser humano.
O processo de Design Thinking
Design Thinking é uma ferramenta oriunda da área de design e que foi adaptada a diversas áreas do conhecimento como uma ferramenta para auxiliar o processo de inovação. Ele faz uso da forma de trabalhar e pensar dos designers, que buscam sempre propor algo que possibilite a melhor experiência do usuário.
Assim, o Design Thinking é composto por 3 fases, basicamente: Imersão, Ideação e Prototipação. Explicamos com mais detalhes sobre esse processo neste artigo.
O Design Thinking na saúde
Na área da saúde, o Design Thinking pode ser aplicado para melhorar a experiência dos pacientes e dos provedores da área da saúde — médicos, enfermeiros, terapeutas ou os próprios hospitais, clínicas, entre outros —, assim como melhorar os resultados clínicos e refinar os conhecimentos dos profissionais da área.
Vejamos alguns exemplos de Design Thinking aplicado na área da saúde:
GE Healthcare
Um dos casos mais conhecidos do emprego do Design Thinking na área da saúde é o caso da GE Healthcare, uma uma das empresas mais inovadoras na área de diagnóstico por imagens no mundo.
A ressonância magnética, por exemplo, foi uma das máquinas desenvolvidas pela GE. Ela seria perfeita se não fosse a forma como o exame precisa ser feito: a pessoa entra em um tubo escuro e barulhento e deve permanecer imóvel durante todo o procedimento. Se esta máquina pode ser desconfortável para um adulto, imagine para uma criança.
Foi nesse cenário que o Design Thinking entrou, buscando uma forma de amenizar o desconforto das crianças durante a realização do exame. Para isso, foram feitos estudos nos ambientes onde as crianças se sentiam à vontade e, a partir deles, foi proposta uma solução em que a máquina de ressonância era parte de um cenário que chamaram de “Adventure Series”. Com isso, a criança sentia o ambiente mais divertido e menos apavorante.
Segundo a avaliação feita após a solução, a melhoria na experiência dos exames realizados em crianças foi muito boa. Antes da solução, quase 80% dos exames realizados precisavam ser feitos com o uso de sedação e, após sua aplicação, essa taxa caiu drasticamente, para em torno de 10%.
Hospital Kaiser Permanente
Um outro exemplo é o da rede de hospitais da Kaiser Permanente, nos Estados Unidos. Nesta rede de hospitais, um dos maiores problemas levantados era a quantidade de erros que eram cometidos durante a passagem de turno dos profissionais de enfermagem.
Por diversos fatores, muitas vezes, algumas informações não eram repassadas e isso levava a diversos problemas, até mesmo a óbitos de pacientes.
Com a técnica do Design Thinking novas práticas foram adotadas, como: padronização da passagem de turno e rondas uma hora antes do fim do plantão. Observou-se que houve uma redução de até 50% nas falhas entre as trocas de turno.
Perceba que não é uma grande inovação tecnológica, mas melhorias no processo. Apenas isso já é capaz de apresentar resultados muito melhores.
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Neste artigo, buscamos falar um pouco de como podemos utilizar o Design Thinking, uma metodologia oriunda do design, como uma ferramenta para inovar e modernizar a área da saúde. Vimos, pelos exemplos, que ele é uma ótima ferramenta para a área da saúde, pois é centrado no ser humano, que é o usuário principal da área da saúde.
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