O surgimento de ferramentas mais acessíveis de Inteligência Artificial Generativa, como o ChatGPT, Microsoft Copilot e outros, aumentou significativamente o interesse de pessoas e de empresas pelo tema.
Com isso, o Venturus passou a rotineiramente receber consultas sobre como empresas podem utilizar IA em sua operação, pois o mercado ainda está entendendo onde empregar esta tecnologia e de fato extrair valor. Por isso, criamos os produtos de AI Discovery, que mapeiam a necessidade e a viabilidade da IA nas empresas.
Por outro lado, o Venturus também faz esse exercício internamente, visando manter e renovar suas licenças estratégicas em uma realidade em que a IA será cada vez mais importante.
Sendo uma empresa de tecnologia organizada de forma projetizada, como aplicar essa tecnologia na operação de desenvolvimento, melhorando nossos produtos? Foi aí que criamos o AI.Gile, a estratégia que une desenvolvimento ágil com inteligência artificial.
O que é desenvolvimento ágil?
Para começar a entender o AI.Gile é necessário também compreender o que é o desenvolvimento ágil.
Essa nada mais é que uma abordagem que une diversas metodologias para estruturar e conduzir projetos dentro de uma companhia, especialmente de desenvolvimento de software.
Resumindo a história, essa abordagem surgiu da percepção de desenvolvedores sobre as semelhanças dos projetos de sucesso que eles haviam participado. Daí que criaram o Manifesto Ágil, que está disponível neste site.
Entre os pilares do desenvolvimento ágil está a flexibilidade, a comunicação, a autonomia e a colaboração entre as equipes. Dessa forma, o grande objetivo dessa abordagem é ter um processo mais rápido (daí a palavra ágil), mas, ainda assim, eficiente e menos custoso.
Os aceleradores do AI.Gile
O princípio do AI.Gile é que, mesmo com o uso de metodologias ágeis, existem atividades do desenvolvimento de software que são inerentemente longas, repetitivas e custosas.
Por exemplo, métricas de mercado indicam que um desenvolvedor sênior precisa de 1 hora para revisar de 200 a 300 linhas de código do time. Se um sprint produz 5.000 linhas de código, serão 25 horas de um sprint dedicados apenas para revisão de código. Considerando um sprint de 3 semanas, 3 dias de desenvolvimento seriam empregados com revisão de código.
Pensando nisso, por que não ter um revisor de código automatizado com IA?
Essa foi uma das perguntas que instigou o espírito do Venturus para fomentar discussões, fazer experimentações e colocar a prova novos conceitos. Algo que se desdobrou para chegar em Jornadas e Aceleradores.
- Jornadas são processos caracterizados por tarefas executadas em sequência dentro de uma área de especialidade. Para as jornadas utilizamos a IA Generativa para guiar a realização das tarefas e a execução delas. Aqui no Venturus, por exemplo, temos a Jornada de QA e a Jornada de Gestão.
- Já os Aceleradores são sistemas de softwares desenvolvidos para agilizar ou viabilizar uma tarefa. No momento temos 3 aceleradores desenvolvidos: Geração de User Stories, Revisão de Código e Geração de Unit Tests.
IA como uma tecnologia impulsionadora
Jornadas e Aceleradores usam a IA generativa para potencializar as ferramentas já presentes no dia a dia dos projetos do Venturus.
Um exemplo disso é o acelerador de revisão de código, que detalharemos melhor em outro artigo. Ele realiza uma requisição para uma de nossas instâncias privadas de IA generativa, enviando um prompt junto com o código submetido por um desenvolvedor na sua PR (Pull Request) dentro do ambiente Azure DevOps do projeto.
Como resposta, o acelerador faz comentários e sugestões de correção diretamente na PR, antes desta ser integrada nos branches de desenvolvimento ou produção.
Os 3 aceleradores já estão em piloto em projetos reais do Venturus, com benefícios observados nos projetos em que foram utilizados. Destes pilotos, estamos coletando métricas, problemas observados e sugestões de melhoria para evolução dos aceleradores.
Também estamos discutindo novos cenários para a IA dentro do processo de desenvolvimento com metodologias ágeis.
Ainda há muito o que falar sobre o AI.Gile
Esse foi só o primeiro artigo da série que vamos explorar os aceleradores do AI.Gile e como a IA pode auxiliar o desenvolvimento ágil.
Ainda falaremos em detalhes sobre a ferramenta de revisão de código automática, a ferramenta de geração de testes de unidade e a de criação de user stories, o VNT GUMP.
Se você tiver interesse em descobrir como a IA pode melhorar seu processo de desenvolvimento ou produzir produtos com mais qualidade, entre em contato e vamos conversar!